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Politécnico e tecido empresarial da região de Leiria premeiam desempenho académico de estudantes com a atribuição de 33 Bolsas + Indústria

Mais de duas dezenas de empresas da região de Leiria premiaram o desempenho de estudantes de nove cursos do Politécnico de Leiria, através da atribuição de 33 Bolsas+Indústria, no âmbito do protocolo de cooperação entre aquela instituição de ensino superior, a Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e a Associação Nacional da Indústria de Moldes (CEFAMOL).

Este ano letivo, ao contrário do modelo anterior que premiava o mérito dos melhores estudantes que ingressavam anualmente no Politécnico de Leiria, passaram a ser distinguidos os estudantes com melhor desempenho académico ao longo do curso. A sessão de atribuição das bolsas decorreu na sexta-feira, dia 16 de abril, em formato online.

“Este ano foi trabalhado com os empresários numa perspetiva de estimular ainda mais a aproximação dos estudantes às empresas, nomeadamente estimulando os períodos de imersão, em contexto empresarial. E por outro lado, em vez das bolsas serem atribuídas em função da média dos melhores estudantes que entram no ensino superior, são atribuídas em função do sucesso e do mérito dos estudantes depois de entrarem no ensino superior, ficando uma parte relacionada com a concretização da imersão em contexto empresarial”, afirmou o presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa.

Na edição deste ano participaram 23 empresas da região, tendo sido entregues 27 bolsas de licenciatura e uma bolsa de mestrado a estudantes de nove cursos: Engenharia Mecânica (7); Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (6); Marketing (3); Engenharia e Gestão Industrial (3); Engenharia Informática (3); Contabilidade e Finanças (1); Gestão (1); Engenharia Civil (1); Engenharia Alimentar (3). Foram ainda financiadas as remodelações de cinco quartos nas residências de estudantes, no âmbito do programa de “labelling”.

“Estamos num contexto pandémico exigente, naturalmente do ponto de vista da saúde pública, mas também muito exigente e com consequências tremendas do ponto de vista económico e social. Mesmo neste contexto, ao qual as empresas não estão impunes, e com alguns setores afetados, gostava de agradecer esta mobilização num tempo de pandemia a todas estas 23 empresas. Agradeço este compromisso com a valorização do ensino superior, com a valorização da empregabilidade qualificada e a responsabilidade social demonstrada”, acrescentou Rui Pedrosa.

Henrique Carvalho, diretor executivo da NERLEI, parabenizou igualmente os estudantes, as empresas, as escolas, professores e diretores, destacando as vantagens de premiar o percurso de aprendizagem nos cursos e o processo de início de entrada dos estudantes no mercado de trabalho, e não o processo de entrada no ensino superior. “Essas experiências e essas vivências ao longo do percurso de aprendizagens são claramente hoje o que faz a diferença. Esta questão de premiar ao longo do processo e premiar que exista a interação dos estudantes com as empresas é um aspeto que vai tornar o programa mais forte e mais importante”, sublinhou Henrique Carvalho.

“Para que o processo funcione, é essencial o empenho dos estudantes e que aproveitem estas oportunidades que lhes são colocadas à disposição. É importante para os professores e diretores de escolas acarinharem estas etapas. É essencial depois que as empresas entendam que é preciso dedicar algum tempo a estes processos. Com imaginação podem captar a atenção dos estudantes e podem obter deles uma contribuição interessante durante este processo, sendo provável que estas ligações sejam reforçadas”, afirmou o diretor executivo da NERLEI.

A terminar a sua intervenção, Henrique Carvalho deixou uma esperança e um desafio para o futuro das Bolsas+Indústria: “Só espero que seja um grande sucesso e que tornemos o programa mais forte e impactante. Num espaço de dois anos, era bom ter este número multiplicado por quatro. Fica o desafio de conseguirmos ter aqui à volta de umas 100 bolsas, porque acho que era fantástico e temos condições para o poder fazer”.

Por sua vez, o presidente da CEFAMOL, João Faustino, defendeu que a alteração implementada este ano no modelo de atribuição de bolsas permite “valorizar, sobretudo, o desempenho académico dos estudantes, na sua formação”, criando “mais interação e ligação com as empresas que investem nesta iniciativa”.

“Este projeto tem como génese a aproximação da academia às empresas. As nossas indústrias estão diariamente expostas a novos desafios, que só com conhecimento e saber poderemos ultrapassar. Os estudantes formados no Politécnico de Leiria são sobejamente conhecidos pois são treinados para enfrentar novos desafios e pensar mais rápido. Serão uma mais-valia para aumentar as nossas competências”, afirmou João Faustino, não esquecendo a diminuição da atividade em alguns setores face à crise pandémica.

“Este momento é excecional e trouxe incertezas em algumas unidades e setores. Por outro lado, também nos coloca aqui outros desafios, em que cada vez mais teremos de tentar fazer melhor aquilo que fazíamos. Quero agradecer o apoio das empresas por esta iniciativa, apesar dos constrangimentos que existem atualmente, a nível económico e social”, realçou o presidente da CEFAMOL, felicitando os estudantes que receberam as bolsas.

As 23 empresas que financiaram as 33 Bolsas + Indústria foram: Aki-D’el-Mar Mariscos, Bollinghaus Steel, Bourbon, Caixa de Crédito de Leiria, Frutas Classe, Geocam, ínCentea, La Redoute, Martos, Maxiplás, MoldesRP, Grupo Moldoeste, Pearlmaster, Planimolde, Plastimago, Ribermold, Solancis, TJ Moldes, Erofio, Luís Silvério & Filhos, Do It Lean, Neckmolde e SOCEM.

As Bolsas+Indústria são uma iniciativa pioneira no país, no âmbito do protocolo de cooperação formalizado pelo Politécnico de Leiria, a NERLEI e a CEFAMOL em 2013, consistindo no desenvolvimento de atividades conjuntas que visam proporcionar aos estudantes o contacto com o tecido empresarial desde o primeiro ano, através de formação em contexto de trabalho, o desenvolvimento de projetos em parceria com as empresas, a utilização prática dos conteúdos programáticos das unidades curriculares, uma primeira interação com a realidade de trabalho, e identificação e potencialização das ações e projetos conjuntos.

Mais informações sobre as Bolsas+Indústria AQUI

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