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Empresas europeias esperam aumento nos atrasos de pagamento durante a segunda metade de 2022

Novo estudo da Intrum revela preocupação extrema das empresas face ao risco de estagflação.

O European Payment Report (EPR) da Intrum, estudo realizado a mais de 11.000 empresas em 29 países europeus revela que as empresas esperam que os pagamentos em atraso cresçam significativamente nos próximos meses, na sequência do aumento da inflação e das taxas de juro. Cerca de 8 em cada 10 empresas afirmam que fortalecer a sua liquidez e fluxo de capital é uma das principais prioridades durante o ano corrente

A 24ª edição do mais recente estudo da Intrum, EPR- European Payment Report revela os diversos desafios que as empresas europeias preveem ter de gerir.

"A Europa talvez esteja a atravessar um dos períodos mais agitados e repleto de desafios. Hoje, as empresas enfrentam uma disrupção e incerteza sem precedentes, o que aumenta a pressão sobre as empresas que ainda estão a tentar recuperar do impacto dos anos Covid. Num contexto de inflação, com o incremento das taxas de juro e regulamentação, as empresas esperam um aumento nos atrasos de pagamento, bem como maiores barreiras para o crescimento durante o resto de 2022. Garantir um fluxo de caixa sólido é uma das prioridades máximas para a maioria das empresas inquiridas", afirma Anders Engdahl, Presidente & CEO da Intrum.

A inflação e as taxas de juro estão a criar desafios

Por toda a Europa, o crescimento está a abrandar enquanto a disrupção da cadeia de fornecimento e o aumento dos custos da energia conduzem a uma inflação a um ritmo que não se viu durante décadas.

  • 6 em cada 10 empresas estão preocupadas que o risco nos atrasos de pagamento este ano aumente, em grande parte devido à inflação, ao aumento da regulamentação e ao aumento das taxas de juro;
  • A maioria das empresas europeias (58%) admite não ter experiência de como gerir a inflação e mais de metade diz que isso as impede de fazer crescer o negócio (51%), de satisfazer as exigências salariais (55%) e de pagar aos fornecedores a tempo (58%);
  • 6 em cada 10 empresas estão a tornar-se mais cautelosas com os seus planos de empréstimos e gastos, uma vez que esperam que as taxas de juro aumentem mais de uma vez durante os próximos 12 meses;

"As preocupações aumentam em toda a Europa à medida que a inflação está a acelerar e o crescimento está a estagnar. Se esta tendência não for quebrada, poderemos estar perante um período de estagflação; estagnação da produção económica combinada com uma inflação elevada.

Numa nota positiva, os mercados de trabalho em toda a Europa continuaram a fortalecerem-se este ano, embora as baixas taxas de desemprego possam gerar uma maior pressão ascendente sobre os salários", diz Anna Zabrodzka-Averianov, Economista Sénior da Intrum.

As empresas esperam que o seu fluxo de caixa seja afetado significativamente, mas não têm a flexibilidade e os conhecimentos necessários para gerir o impacto

A gestão da liquidez, o fluxo de caixa e o risco de crédito constituem as principais prioridades estratégicas, já que as empresas procuram assegurar uma posição financeira sólida.

  • 8 em cada 10 empresas europeias afirmam que reforçar a liquidez e o fluxo de caixa é uma prioridade estratégica para este ano. Uma percentagem semelhante menciona como principais prioridades a melhoria da gestão da dívida, bem como a gestão do crédito de risco;
  • Metade das empresas inquiridas relatam que estão mais débeis agora do que antes do início da pandemia. Ao mesmo tempo, 6 em cada 10 dizem que a pandemia as motivou a tornarem-se melhores na gestão dos riscos relacionados com atrasos de pagamento;
  • 53% dos inquiridos afirmam que gostariam de melhorar a sua gestão de pagamentos em atraso, mas consideram isto difícil devido à falta de qualificações e recursos internos;

Ano após ano, as empresas veem cada vez mais os atrasos de pagamento como um obstáculo importante para o crescimento

Os atrasos nos pagamentos estão a dificultar o crescimento das empresas nos países europeus, impedindo o desenvolvimento económico e social da economia em geral.

  • 4 em cada 10 empresas dizem que os pagamentos tardios estão a bloquear o crescimento da empresa;
  • 2 em cada 3 empresas dizem que pagamentos mais rápidos por parte dos seus clientes as ajudaria a expandirem as suas operações de produtos e serviços, enquanto 1 em cada 2 dizem que as apoiaria a crescer através da contratação de mais empregados;
  • As empresas têm, finalmente, esperança de que a pandemia esteja a acabar. Cerca de 2 em cada 3 (64%) acreditam que a Covid-19 deixará de ter impacto no seu país dentro de um ano, criando oportunidades de crescimento;

Sobre a Intrum

A Intrum é a empresa líder na indústria de Serviços de Gestão de Crédito, com presença em 24 mercados na Europa. A Intrum ajuda as empresas a prosperar, oferecendo soluções para melhorar os fluxos de caixa e a rentabilidade a longo prazo, cuidando dos seus clientes. Garantir que consumidores e empresas tenham o apoio necessário para se libertarem de dívidas é uma parte importante da missão da empresa. A Intrum conta com cerca de 9.700 colaboradores dedicados e empáticos que servem cerca de 80.000 empresas em toda a Europa. Em 2021, a empresa gerou receitas no valor de 1.780 milhões de euros.

A Intrum está sediada na Suécia e está cotada na bolsa Nasdaq Estocolmo. Em Portugal desde 1997, a Intrum tem mais de 250 colaboradores. Para mais informações, por favor visite www.intrum.pt

Sobre o EPR

O European Payment Report descreve o impacto dos atrasos de pagamento nas perspetivas de crescimento e desenvolvimento das empresas. O relatório baseia-se num inquérito realizado simultaneamente pela Longitude em 29 países europeus entre 17 de janeiro e 15 de abril de 2022. Um total de 11.007 pequenas, médias e grandes empresas de 15 sectores industriais participaram na investigação.

 

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